quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pop Art


Em português pode ser chamada de Arte Pop, mas a nomenclatura Pop Art é a mais usada.

Surgiu na década de 1950, nos EUA e no Reino Unido, mas o seu ápice ocorreu nas décadas de 1960 e 1970.

Pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch.

Alguns dizem que a Pop Art é o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.

Com o objetivo da crítica irônica ao bombardeamento da sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala 50:1, transformando o real em hiper-real.

Na cidade de Londres, no Reino Unido, em 1952, formou-se um grupo o Independent Group (IG), que é reconhecido como o precursor do movimento. Eles utilizavam os novos meios de produção gráfica que culminavam na época, com o objetivo de produzir arte que atingisse as grande massas.
Se dissolveu formalmente em 1956 depois de organizar a exibição "This is Tomorrow", na galeria de arte Whiteshapel Gallery. Nesta exibição, o artista inglês Richard Hamilton apredentou a colagem "Just what is it that makes tody's homes do different, so appealing?" (O que exatamente torna os lares de hoje tão deiferentes, tão atraenteds?), considerada por muitos uma das primeiras, ou a primeira obra da Pop Art.

Pop Art no Reino Unido -
É possível observar nas obras Pop britânicas um certo deslumbramento pelo american way of life através da mistificação da cultura estadunidense. É preciso levar em consideração que o Reino Unido passava por um período pós-guerra, se reerguendo e vislumbrando a prosperidade econômica dos EUA. Desta forma, todas as obras dos artistas pop britânicos aceitaram a cultura industrial e assimilaram aspectos dela em sua arte de forma eclética e universal.

Pop art nos EUA -

Nos EUA, ao contrário do que ocorreu no Reino Unidos, os artistas trabalharam isoladamente até 1963, quando duas exposições reúnem obras que se beneficiam do material publicitário e da mídia. Sem estilo comum, programas ou manifestos, os trabalhos dos artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção concedida aos objetos comuns e à vida cotidiana encontra seus precursores na antiarte dos dadaístas.

Os artistas estadunidenses tomam ainda como referência uma certa tradição figurativa local - as colagens tridimensionais e as imagens planas e emblemáticas, 0 que abre a arte para a utilização de imagens e objetos inscritos no cotidiano. No trato desse repertório plástico específico não se observa a carga subjetiva e o gesto lírico-dramático, característicos do expressionismo abstrato 0 que, aliás, a arte pop comenta de forma paródica em alguns trabalhos.

Pop art no Brasil -
Nos anos 1960 frutificou entre os artistas brasileiros uma tendência irônica derivada da Pop art estadunidense, refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Aderindo apenas a forma e a técnica utilizada na Pop art, os artistas expressaram seu desgosto pela censura instalada pelo regime militar, tematizando questões sociais políticas.


Principais artistas -
Reino Unido - Laurence Alloway, Alisin e Peter Smitson, Richard Hamilton, Eduardo Paolozzi e Reyner Banham.

Estados Unidos - Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselmann

Brasil - Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Bavarelli, Carlos Fajardo, Claudio Tozzi, José Roberto Aguilar e Antônio Amaral.

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